terça-feira, 24 de abril de 2012

MÃOS A OBRA: Alunos da Univértix visitam a reforma do estádio Mineirão


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No dia 14 de março os alunos da graduação de engenharia civil da Faculdade UNIVÉRTIX, na companhia das professoras Joyce Perígolo Breder e Érica Estanislau Muniz tiveram a grande oportunidade de visitar o canteiro de obras do estádio Mineirão em Belo horizonte.
O maior objetivo dessa visita, além de contribuir com o conhecimento técnico dos alunos é de mostrar a importância de cada colaborador dentro de um canteiro de obras do trabalho em equipe e do leque de oportunidade de carreira que a Engenharia civil trás. Pois muitas pessoas ainda pensam que o engenheiro civil é só para calcular, ou só para construção de prédios, ou pior acham descartável a necessidade de um profissional de engenharia em sua construção.
Alunos Univértix Matipó
A VISITA
Ao chegarmos na portaria do canteiro de obras recebemos os EPI´s – Equipamentos de proteção individual e instruções de segurança. Podemos presenciar os colaboradores nas suas funções e como tudo é muito bem organizado. Durante a visita fomos acompanhados por uma Técnica em segurança do trabalho que foi nos alertando sobre as partes de maior risco, enquanto fazíamos os questionamentos sobre os métodos construtivos, destino dos resíduos de construção e meio ambiente ao responsável do setor de comunicação Rômulo Pampoline.
Os alunos e professores estavam equipados com os EPI's – Equipamentos de proteção individual e receberam as devidas instruções de segurança
ALGUNS QUESTIONAMENTOS DOS ALUNOS.
Qual tipo de fundação foi usada?
Estacas pré-fabricadas que chegam a 18 m de profundidade e hélices para fundações mais profundas.
A terra que foi retirada foi reaproveitada?
Tentamos reaproveitar o máximo possível, mas o restante é aproveitado em aterro de minas ou aterro sanitário.
A construção é sustentável?
Sim, Além de sustentável na perspectiva econômica e financeira, o projeto de modernização do Mineirão também apresenta alternativas para assegurar a utilização racional de recursos naturais. Um dos exemplos é a reutilização da água da chuva. O projeto prevê a implantação de um sistema de captação de água de chuva com a capacidade de armazenamento de 6.270 m³ (6.270.000 litros).
O CANTEIRO DE OBRAS.
A sensação é de ser um grão de areia no deserto, tanto pela grandeza da construção, 170 mil metros quadrados, como também pela quantidade de colaboradores, quase 2 mil, e que em nossas andanças pelo canteiro pude conversar com alguns, e um me chamou muito a atenção, por já ser aposentado como eletrotécnico, mas por falta de mão de obra foi chamado para voltar a trabalhar. Essa situação mostra que realmente está faltando mão de obra para esse aquecimento do mercado da construção e que quando se trabalha bem, quando seu serviço tem qualidade, não há idade e nem falta de oportunidade.
A REFORMA DO ESTÁDIO.
O estádio está sendo reformado, mas pode dizer que está sendo reconstruído, pois do estádio antigo o que restou foi somente a fachada, que é tombada pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural e Histórico e foi revitalizada. O interior foi totalmente reprojetado, diminuiu-se a quantidade de assentos e aumentou a qualidade das arquibancadas
A conclusão da reforma do estádio está marcada para dezembro de 2012. Os alunos puderam notar que ainda há muito que fazer, mas torcem para que tudo fique o mais perfeito possível para a Copa do Mundo de 2014.
CURIOSIDADES
Conhecido como Mineirão, o Estádio Governador Magalhães Pinto foi inaugurado em 1965. O estádio fica próximo ao complexo da Pampulha, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, e também está perto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que possui uma das principais áreas verdes da capital mineira.
No fim dos anos 40, Belo Horizonte foi escolhida como uma das cidades-sede da Copa do Mundo de 1950. O município teria de construir um estádio à altura do evento. A solução foi dada na região do Horto com a construção do Independência que, durante a Copa de 1950, foi palco de partidas como Iugoslávia 3 x 0 Suíça, Uruguai 8 x 0 Bolívia, além de Estados Unidos 1 x 0 Inglaterra, jogo considerado a zebra do torneio.
Porém, em pouco tempo, o número  de assentos do Estádio Independência já não era suficiente. No início da década de 1950 começaram as movimentações para a construção de um estádio ainda maior em Belo Horizonte. Coube aos arquitetos Eduardo Mendes Guimarães e Gaspar Garreto o projeto para 100 mil pessoas.
Os responsáveis pelo projeto do Mineirão queriam construir o estádio mais moderno do país, com soluções inovadoras de engenharia e sem repetir erros de engenharia de outras arenas. Os técnicos visitaram  estádios da Alemanha, França, Inglaterra, Estados Unidos e de Tóquio, sede das Olimpíadas de 64.
Na obra do Mineirão, que durou cerca de cinco anos , trabalharam aproximadamente 5.000 trabalhadores.

Inauguração
A partida inaugural foi em 5 de setembro de 1965, entre a seleção mineira e o clube argentino River Plate. O jogo foi assistido por 80 mil pessoas, sendo 73.201 pagantes. Antes do jogo, Bellini, capitão da Seleção Brasileira bicampeã do mundo no Chile, em 1962, deu uma volta olímpica pelo campo. A seleção mineira venceu os argentinos por 1 a 0, e o primeiro gol oficial do estádio foi marcado por José Roberto Bougleaux (Buglê), na época jogador do Clube Atlético Mineiro.

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